sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rua Deserta..


Vou construir um muro das ruínas que deixei, para separar-me do que sinto, saudades intermináveis de ninguém. Atravessar a rua deserta de mãos dadas com o silêncio, ter como abrigo então o tempo, que devora a juventude de nós. Sair à noite como um tiro perdido capaz de alvejar qualquer lugar que se encontre na trajetória do olhar tímido afinal. Deletar dos meus futuros poemas os nome que nunca chamei. A rua é deserta para você e meu coração se tornou um ponto coletivo, onde não se tem ninguém a esperar a chegada desse teu ônibus de ilusões, trazendo aceso no letreiro, o endereço dessa rua que já fez sentido para nós, mas que não nos leva a mais nenhum lugar e agora só resta caminhar pela rua deserta de mãos dadas com o silêncio da nossa voz...

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