quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tudo quase nada...

Tudo que seguro entre minhas mãos é quase nada do que tenho. Por entre o nada que navego, em turbulência nesse mar aberto do meu peito. Já não sei o que é falta ou excesso por trás da porta que se fechou ao sair, ou se tudo é quase nada...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Lítio...

Não haverá silêncio no humor que se disfarça por entre taças de vinho tinto, à deriva de mim mesmo. Transporto por entre poros a essência fria e úmida de um paladar incomum. Nada vejo além do vidro translucido que comporta cada gota de ego que embriaga meu conciente, ora alegre, ora triste...
(26/05/09 05:59)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Arido...


Herdo de ti palavras que me presenteiam, as altas horas que compartilho com o silêncio tão alto do som da madrugada. Ela nua em tom vestido, pano fino de névua, ela lua e se despindo de luz em tom de vela. Dentro de mim mero devasto, mero atrito que tocam meus pés...esse chão árido.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Estranho e calmo...

Embora não caiba mais relatar coisas que não digo, falo de mim mesmo pra ninguém. É tão sórdido esse clima, sol e neblina. Gotejam suor do corpo imóvel após o ato, que parte de nós se contempla aqui? Nomes, jeitos, defeitos... Em passos árduos é que caminho, te busco, te acho e desisto. Então o que faço? Agora é tão chato o que antes era bom, oscilo, sei! Vacilo, e quem não? Contas são contas, pessoas, realmente são pessoas, números, projetos íntimos de dois, volúvel, volúvel, volúvel... Tão estranho e tão calmo...

Comum...

O que há de errado? Já me acostumei com um silêncio de vozes, já me contentei com rostos em multidão. Tanto faz pra mim, o alegre dia de chuva ou o triste dia de sol. É mais que bem-querer, é querer bem, só não sei fazer parte afinal do que queres de mim. Me deixa solto pra ver o tempo correr e perceber o que há para me oferecer, envelheço com os dias para ver até aonde vamos chegar. O que me importa, possa ser que você nunca entenda, são complicados assim. E o querer nem sempre é a verdade do querer, mesmo sem datas, nos tornamos perecíveis ao desgaste cotidiano e só hoje ainda quero, amanhã não se sabe o quanto irei querer. Não se afastes de mim, apenas deixe...

Casa vazia...

Cada dia calmo é o oposto do que tenho nas mãos, vontade de ser um sol e aquecer de fora pra dentro. É no silêncio da noite que ela chega, metade vazia sem saudades do que viveu no dia. Espero o novo chegar mas ainda é cedo, pra partir, deixar você aqui ao menos longe, de forma que a lembrança não alcance. Não há querer que não seja só por solidão, nem palavras ditas "eu amo você", por que os dias não são mais vestígios do que não quero lembrar. Te dei uma casa vazia, um sentimento em forma de lar, que não abriga, mas serve de estadia para você ficar até amanhecer o que ainda há entre nós...uma janela aberta de uma casa vazia, onde não existe morada, apenas estadias...

domingo, 15 de março de 2009

Oceano...

Afinal o que sinto? Perambulo por entre elas e não me aprofundo além de sexo. Afinal porque assim me sinto? Desprovido de sentimentos que perdurem, seria mesmo tão autossuficiente a ponto de não ficar preso a algo ou alguém? Se olhares dentro dos meus olhos talvez veja no fundo deles reflexo de um oceano, mas por fora meras ondas que vão e vem. Só é como me sinto em mim mesmo, é um abrigo que carrego por tantas que já deixei, navegar por entre meus sentimentos, é seguir rumo ao naufrágio nesse barco inseguro. Até que ponto sou porto? Até que ponto sou oceano sem dimensão de local de chegada...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Era apenas um afeto...

O que se muda ao cair da tarde, ouvindo rumores de você, que não sabe o porque dessas horas que se vão feito noite. Se esse relógio marcar as horas que não me dediquei a olhar de olhos fechados para o que se tem nas mãos, feito muralhas infinitas que separam o eu de você, verá a falta de afeto que afeta o querer. Amiga distância que tempo tem para mim, que nos conforma a entender que era medo de querer alguém, e tão duvidoso assim ela foge de mim, as horas que separam os pensamentos em vão. Tentei mudar a mim mesmo por entre tanto saber que era mesmo confuso querer ficar aqui, mas é preciso ir quando o tempo termina. E as pessoas aonde estão com seus receios, tentando serem felizes assim mesmo, o que é estar só não é ser sozinho e o que é estar somente juntos é só busca de carinho...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Velha casa...


Minha velha casa é o meu sentimento, nas paredes do quarto é onde abordo teu corpo, despindo tua alma. São toques mútuos agindo como reflexo, é carne, é febre, é pele, é lúdico caminhar por entre lençóis desalinhados. Hoje de ti é bom ter teu sexo, delinear cada curva, boca, cheiro, suor, desejos. Somos imorais enquanto jovens mascarados por linhas dúbias, paralelas de um quarto. Você é sádica e eu romântico, você é sonhadora e eu indecente e assim com um pouco de cada, nos permitimos tudo. Mas o bom mesmo é a velha casa, é essa verdade que procuramos, quando tudo passar e envelhecermos. Ai sim iremos entender o que é realmente ter alguém...ter abrigo, porque as historias já se misturaram tanto a ponto de não ser possível detectar qual parte é a de quem...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tão perto de dois...

O tempo sem você são dias que passam por mim, como um vento vindo de outra direção, traz o silêncio no sorriso então. Vem o verbo sentir, me ensinar a querer você tão perto assim, somos o que restou de cada um que por aqui passou. Me ensina a ver você como não consegui ver ninguém, de tão perto assim e de tão longe reconhecer seu andar vindo nessa direção. E o que será de amanhã quando brilhar o dia ou que seja chuva, qual o sentido de dois tão pertos assim como se fossem um... Me ensina a permanecer.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Desejo Intelecto...


O que fará de mim esse desejo ébrio, que me leva a lugares afins? Hoje deitarei na cama do seu contemplo, onde observo tuas palavras as quais me causam piloereção no meu mais íntimo pêlo abdômen, e quem de ti me transforma no eu que venero você. Entre gozos e conceitos do que mais quero sentir seu mais puro intelecto sem pudor de mim, a ponto de me seduzir e saciar o meu ego. Desperta em mim o mais puro desejo intelecto que sinto por ti...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quando chegar...


O que é pleno, é comum e para mim não é qualquer um...você. Que felicidade é essa mansa que me acalma em silêncio e é óbvio de que esteve aqui, por entre meus pensamentos, lugar comum que depositei você dentro de mim feito alegria, fazendo pulsar aquele órgão que so pulsava por movimentos involuntários...coração o que há de novo aqui? É pleno o dia amanhece mais uma vez, e ao levantar vejo bom dia! O que seria então recomeçar e que esse caminho nos leve, trará formas não geográficas da geometria de um lugar, onde iremos estar quando o tempo passar e então chegar o momento certo. É plena a vida que faz desejar um cheiro pra lembrar, identificar você, quando chegar e então iremos lembrar mesmo sem saber de que era mesmo tudo isso que queriamos...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Maturitate...


Hoje acordei e dei de cara com meus anseios, parte de mim já não estava lá, talvez se perdera na noite passada, tão sutil que só agora vim perceber. O que havia de estranho nesse novo sentimento, nessa nova vontade? Nem ao certo saberia responder, que acomodação externa é essa que se depara com a inquietação interna que se mostra dentro e fora de mim? Hoje acordei mais intenso, porém mais calmo. Estranho como pela primeira vez me cabia um belo terno de comportamento, onde estão as bermudas e tenis de sentimentos? estranho, eles não dão mais em mim. O que mudou afinal? Hoje acordei como um velho jeans, cobinado a camisa e sapatos sociais...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Quanto tempo dura um amor correspondido...


Veja você quantos amores já passaram em sua vida e ainda assim se encontra só, seria bom ou ruim? Perambular por entre Anas, Marias, Joanas... pessoas especiais que a vida proporciona, mas sem ter um porto certo para ficar e vão e vem. Já nem sente calor, já nem sente frio, bem vindo a um lugar qualquer onde vagueiam vontades próprias do que te faz diferente a se questionar, até aonde iremos chegar, a passar por mais alguém que te fará bem e quando deixar e ir mais uma vez, levará lembranças do que ficou perdido no tempo que durou. Quanto tempo dura um amor, uma paixão correspondida que nos devora, acalma, acaba e vai embora para fazer parte de um novo alguém e assim continuamos a seguir. Não há nada que nos prenda, será bom ou ruim? Mas veja só quantas lembranças de tantas pessoas que ficaram gravadas em ti, um tom, um cheiro, gestos, toques, olhares, diferentes lembraças desse amor vivo, mesmo ausente. De cada corpo que tocou, em cada boca que sentiu e que ouviu pronunciar teu nome e o reflexo de cada olhar a marcar os momentos intensos a dois. Então deixar a vida assim levar seguindo seu rumo e afinal você é de quem?

Rua Deserta..


Vou construir um muro das ruínas que deixei, para separar-me do que sinto, saudades intermináveis de ninguém. Atravessar a rua deserta de mãos dadas com o silêncio, ter como abrigo então o tempo, que devora a juventude de nós. Sair à noite como um tiro perdido capaz de alvejar qualquer lugar que se encontre na trajetória do olhar tímido afinal. Deletar dos meus futuros poemas os nome que nunca chamei. A rua é deserta para você e meu coração se tornou um ponto coletivo, onde não se tem ninguém a esperar a chegada desse teu ônibus de ilusões, trazendo aceso no letreiro, o endereço dessa rua que já fez sentido para nós, mas que não nos leva a mais nenhum lugar e agora só resta caminhar pela rua deserta de mãos dadas com o silêncio da nossa voz...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O caminho do "eu sozinho"...


Trago rosas e seus espinhos para que contemple e tenha cuidado ao tocar, deixo as pedras no caminho, são marcas de cada lugar. Vejo um solitário sol aquecendo e contemplado por milhares que estão sozinhos, nesse caminho existem flores e espinhos, os dois lados da moeda, nós dois, nós três, milhares. Preciso encontrar o "eu sozinho" nessa viagem e conhecer a quem não me conhece. Trago novas novidades, tão velhas para mim. É a puberdade da maior idade do homem entre o seu caminho, talvez já fizeste "trinta" e só agora percebeu que existe algo entre o antes e o agora eu. Vou seguir por essa estrada, vejo novas cores, flores, rostos, caminhos e quem vai estar aonde chegar. No lugar onde existe rima, é a vida. Deixo para trás amores, amizades, lugares, flores e espinhos, saudaes, lembranças e vontades. Aos corações que não deram certo, e aos que insistem em querer. Me tenhas só por um momento mas deixe-me seguir, nada a mais aqui me prende, não me entende. Ser como sol, ser como um dia, ser bom ou ruim. Será que existe então um grande sentimento que não seja tão egoísta assim, te querer como me queres só pra ti. Nesse momento é preciso seguir como o "eu sozinho" nessa estrada, por esse caminho. Para depois ser um eu de nós, talvez dois. Porque falar de relações se existe tempo certo para cada momento, então porque se preocupar em me prender entre o eu e você, não me culpe, não se culpe. Por um tempo preciso seguir assim e quem sabe talvez encontre uma razão para ficar, em algum lugar pelo caminho dessa estrada. Pessoas vão e vem, quero desfrutar o eu sozinho e no momento não ser de ninguém... Me desculpe mas preciso caminhar por esse caminho só, para depois ser dois, sempre existirá alguém percorrendo o mesmo caminho, em contrária direção e nessa estrada quem vai se encontrar e quem irá fazer o outro mudar de caminho e mudar assim a direção do "eu sozinho"? Não me responda...deixa apenas acontecer.
Toda estrada na vida é um caminho, cheio de acontecimentos, fatos e momentos, as vezes nos prendemos a algo, lugares, pessoas, mas tudo tem seu tempo de permanecer no mesmo lugar. Deixar de fato não é simplesmente mudar, esquecer, reformar, é uma inquietação que nos faz levar a busca desse caminho, possa ser que nessa estrada, exista alguém, algo ou simplesmente um lugar. Andar sozinho não é estar só e sim momentos de reflexões e mudanças de algo que se espera adiante. Não estar preso ao que passou seja o que for, sempre iremos mudar. Todo dia nasce o mesmo sol, mas nunca é o mesmo dia. A verdadeira felicidade se depara no decorrer da estrada da vida as vezes despercebida pela cegueira voltada ao objetivo da chegada em algum lugar. Quero contemplar o caminho e as paisagens que me forem dadas, aos lugares, as pessoas, cada coisa, cada um em cada momento, com seus significados e importância e quero também aprender a contemplar e lapidar o eu sozinho e quem sabe então ser paisagem da estrada a ser observada por um outro alguém, talvez contemple, talvez nem perceba ou talvez seja o ponto de parada de alguma estrada...ser feliz é acordar cada dia e saber que nos temos como companhia e quem sabe assim talvez um dia alguém nos tenha e nos faça deixar de percorrer essa estrada, visto que por fim foi chegado ao lugar, talvez passageiro como algumas estadias, talvez definitivo como uma morada...Mas pra isso é preciso seguir sozinho.

sábado, 15 de novembro de 2008

Desejo...

Hoje quero despir-me de mim mesmo, quero falar dos meus desejos, anseios, vontades que me sufocam. Quero me expor, quero teu cheiro, corpo feminino, nada temo, assumo o que desejo, teu sexo, teu cheiro. Quero sentir teu pêlo perfurando minha pele, entreabrir-te, penetrar suas vontades, retirar suas vestes. Fazer de você meu brinquedo na vitrine com olhar de criança que te vejo, fazer sentir. Quero sim sentir tua boca perambular por entre meus dedos, poder assim tocar teus lábios, teus dentes, apertar com minhas mãos teu ventre. Sim, nos teus seios quero aconchego e porque não acomodar meus lábios, por onde escorrem em ti minha boca, a mesma que pronuncia palavras loucas dizendo a ti o quanto te desejo...

sábado, 1 de novembro de 2008

Incondicional...


Não olhe para mim como se eu fosse uma descoberta, não trago flores nem novidades para seus olhos cansados, não me aprisione nesse elo imaginário entre nós, para sempre é tempo demais, nem tampouco tente decifrar meus sentimentos. Deixe a porta aberta, talvez necessite sair, aqui é seu lugar no qual meu caminho é só passagem. Olhe para mim, não trago novidades para você, deixe-me ser assim, seus olhos cansados já não tem noção dessa distância, livre ainda pode tentar...mas não me olhe como se eu fosse uma descoberta.

domingo, 26 de outubro de 2008

Ainda Lembro...


Tocar assim a intimidade de um corpo é penetrar em si a intimidade de um outro, porém não há lugar nem futuro para o que tenho, sem morada em seus anseios, longe de ti tenho-me perto, porém distante do que já não tenho. Trago mãos vazias sem o afago do seu rosto, já não sinto gosto, não sinto frio, mas lembro do teu cheiro saudoso. É tarde, já não te tenho e nem me possuo. Me perdi pra ti nas horas vagas da saudade silenciosa que me devora. Torno-me cego, já não te enxergo em minha trajetória, mas relembro do teu sexo que me prende e me liga ao teu sentido, no calor do teu corpo onde já não percorrem mais minhas mãos, de outrora outros porém deliniam curvas que já não sinto, já nem tenho a dimensão desse vazio. Vou embora para fora dos sentidos, maldita lembrança que me devora e compara o que hoje tenho, aliás nem tenho, só momentos. Talvez só sexo me consola e quando acaba vai embora e percebo que nada tenho, é então que de ti ainda lembro.

sábado, 25 de outubro de 2008

Lembranças...


Ainda lembro do que passou, estrada a fora a caminhar em busca de palavras oriundas de lábios que nunca toquei. Qual o som da voz que ainda não escutei, se não é dela então não sei de quem...a estrada que me leva por entre janela de paisagens que ganham forma a cada curva, cada placa a sinalizar a distância e o lugar, ainda lembro o que passou...

Atrás do tempo...


Quero ter de volta o tempo que me escorre pelas mãos, feito areia ao vento, feito espaços no tempo. Ter de volta o que não observei com olhos atentos, pronunciar palavras que deixei no ar a vagar como letras ao vento. Fecho os olhos e vou a qualquer direção atrás do tempo que escorre pelas minhas mãos, trazer-me de volta ao tempo, nem passado ou futuro então...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

De caso com o dia...


Não me julgue pelos meus vícios, nem tente entender o que há de errado, traí a noite com o dia. Por um longo tempo sempre estive ao teu lado, experimentando seus prazeres noturnos e agrados me embriagando na sua luz artificial e turva trazendo efeitos ébrios em minhas vistas. Os movimentos me serviam de amparos e traziam alegria, mas quando chegava o seu final só me restava o dia, pra curar meus fracassos, bebedeiras e tudo que fazia ao teu lado, era o único que fazia companhia já que você sempre após me dar prazer se ia com sua luminosa fantasia e as vezes meio sombria. Até que um tempo andei cansado, já não te procurava nem mesmo sei se já te queria, foi quando percebi que já estava envolvido pelo dia, com sua luz natural, tornando tudo claro, me aquecendo com suas caricias de calor vinda dos teus raios, sendo impossível não sentir alegria, então eu assumo...traí a noite com o dia.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O quarto...


Fora o tempo que não ver o relógio a marcar o chegar, não vou mudar o que não tenho nas mãos. Trago sorte só pra você questionar o que é azar então, ficar parado sem tocar os pés no chão a caminhar. Se é sonho ou ilusão, vertigem ou efeito alucinação e quem irá pintar os cabelos de vermelho, não faça isso e vem. Trago novas recordações que você ainda irá tocar quando então sentir seus pés no chão e ver transformar o que era sonho, vertigem, efeito alucinação no mais real que já criei para você fazer parte então, desse mundo que nos reporta a uma porta fechada de um quarto vazio e cheio. E quando entrar trazendo cores em movimentos por onde passarem seus olhos e mãos não me espere chegar ou espere dormindo. Há um lugar comum por trás da porta em que a noite quer adentrar no silêncio do teu sono e acordar teu sonho, te fazer voar por todos os cantos até despertar e então te abraçar dizer bom dia! Deixa o sol entrar pela fresta da janela anunciando o dia que o sonho deixará de ser para se tornar real. Trazendo cheiro de quem vem para ficar, em um lugar onde possa te ver dormir e acordar... onde tudo realmente estar acontecendo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Flor...


Quero olhar o instante que você chegar, pronunciar as primeiras palavras por frases formuladas no olhar de quem traz um sorriso incontido em cada canto. Gosto quando me vens aos olhos, por um sentido derradeiro qualquer, buscar em flor o significado de um jardim e notar você ali, diante de tantas outras e prender a ti o olhar que só enxerga você. E de que os demais perfumes se tornarão inodoros diante do cheiro das mãos de quem a colheu e a quem irá ofertar. Que seja então sólido os pensamentos a ponto de sentir e tocar, que ao fechar os olho desapareçam tudo em volta e ao abrir só esteja você. Como a flor diferente que surgiu no jardim onde todas são iguais...menos você. Que sua cor se ressaia em um tom que me faça perceber em meio multidões, que ali está você... a flor.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Qualquer outro lugar...


O vão que me prende entre o correr pro sol, não tem luz por dentro, nem poeira, nem vestígios de quem já esteve aqui. É tão comum acordar e ser o mesmo que ficou na noite que sonhou ser diferente, entre os caminhos que interessam, aonde pode se levar. O vão que me prende entre o correr pro mar é o mesmo que me leva a molhar os pés com o toque das ondas e faz pensar em tudo que chegou e se foi como as ondas perfeitas, são constantes mas não são as mesmas, mas elas tocam os meus pés, como duas mãos no rosto. É tão difícil virar as costas pro mar e ir embora, trocar a areia pelo asfalto e de descalço ter que calçar novamente os pés. O vão que prende entre eu e você que não tem nome, ainda meio surreal. Existe um alguém que está pensando o mesmo de um outro lado qualquer e o que a vida arquiteta e alimenta entre o imaginável do que se pode e não se pode ser... o que nos prende a alguém? Quero ultrapassar o vão que me prende ao principio da razão. Não há o que me prenda, quero novas mentiras... qualquer outro lugar.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Auto e móvel...


Vamos abrir essa porta pra fora, não ficar esperando o dia passar feito flores que crescem no jardim da imaginação, dos lugares que já passamos e ficamos nas lembranças retidas. É ter sempre mala pronta para viagem, é não ter medo de cores, hoje tá nublado, amanhã fará sol, eu sei mesmo que chova! Não quero estar aqui esperando enquanto não chega, para que ficar parado no mesmo lugar, se o caminho é longo e isso é bom. É meia noite acordado, fazendo planos de fazer as coisas sem planejar. Articulado no tempo de quem me leva, nas lembranças que se desfazem no ar, quando respira ela, prometendo não ser propriedade do que não se move. Pertenço aos carros que se movem e não as casas fixas nos mesmos lugares...

sábado, 20 de setembro de 2008

Futuro...


Toda cor ergue em meu coração um tom dissonante de uma determinada voz que abre em meu peito, palavras que ultrapassam o tempo. Em mim já me perco em um mundo provavelmente só nosso. Toda chuva traz calma vista da janela, seu som, tom, cheiro e frio. Meu habitat é você em tempo de solidão, vai em vão em suas lembranças como uma folha ao leu em pleno outono, seguindo seu curso, até aonde irei parar nesse pensar? Lá fora vejo crianças correndo, são sons distantes de sorrisos infantis. Fecho os olhos e tudo vem, não acabou o que restou de mim entre milhares de pessoas. velocidade é o que me atrai, ver passar o tempo que anda tão veloz, a passar por nós...por onde andará meu amanhã?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Não...


Hoje quero dizer não para cada coisa que não me faz bem, dizer não para cada sim dito que faz mal. São velozes as horas que compõem o tempo, que guardo em minhas mãos, tentando proteger-me dos perigos eminentes, criados pela imaginação desse relógio abstrato, sem números e ponteiros. Hoje quero definitivamente dizer não para cada medo adquirido nesse caminho percorrido e pegar todos receios e trancar em um quarto escuro, onde a chave ficará em nenhum lugar de lugar algum. É preciso ser maior que o alcance da escada que limita o buscar do que se quer. Tenho o meu mundo sob meus pés, só preciso caminhar na direção que mais atrai meu coração, sem ter medo de me perder por essa estrada de curvas...talvez no final dela, encontre ela.

Permita-se...


Permita-se adentrar nesse mundinho de horas vagas entre os aterros das palavras de consolação, de quem irá ver um mundo em suas mãos feito de "sins e nãos", tão perfeito como os erros, entre os acertos dos dias que virão. Permita-se contemplar o silêncio em plena multidão que vão e vem, sem sequer parar para olhar aquele pássaro que pousa na poça da calçada, dessa cidade que não dorme, são famílias vendo TV, separados em cada canto, aonde você vai? Quero ir também, para outro lugar longe dessa confusão de sinais. Permita-me adentrar no seu mundinho e no silêncio do teu coração, dizer palavras que são senhas pra fazer você sorrir, sem perceber que já existe um querer dentro de ti. Permita-se gostar de gostar de alguém, que nos faz tão bem...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Virando bom dia...


Vamos festejar a cura desse amor que virou bom dia, vamos festejar o dia que já vai chegar e trazendo de volta os sentimentos que alguém um dia nos fez sentir. Como o desejo úmido da sua pele e o teu cheiro de fantasia leve, eu quero te tocar. Quero ver tua rima, entre os espasmos do teu corpo e o teu olhar, quero estar dentro de ti como um encaixe perfeito, e quem de nós devora quem? já perdemos a poesia, mas os lençóis ainda estão fora de lugar. Não iremos prometer amor a um dia que não sabemos, como irá terminá. Vamos viver só de alegria e despir essa agonia...vamos nos devorar, com o silêncio fixo em cada olhar, bocas que se abrem sem dizer palavras, apenas toques, sussurros e gemidos. Não queremos mais viver essa situação, chega de planos e futuros, vamos viver cada segundo, vamos nos curar desse amor que nos aprisiona e faz sofrer, vamos nos querer por sermos presentes e ao mesmo tempo ausentes, porque é mais gostoso com você...Vamos virar bom dia e trazer de volta o sorriso em nossos dias.

domingo, 10 de agosto de 2008

Um amor novo...


Quero um amor novo, um novo rosto, um nome que ainda não chamei, uma voz que ainda não ouvi, um cheiro que ainda não senti, sim quero um amor novo. Descobrir o gosto de um novo beijo, um novo desejo, um olhar novo, uma nova companhia e nele observar cada detalhes de um novo alguém. Sorri pra ti pra começar o dia e ver chegar quem faz bem, quero o amor de uma mulher madura mas que seja um amor adolescente também. Quero um amor que não me diga te amo todos os dias, para que eu possa conquistar diariamente, mas que demonstre o quanto é bom estar ao meu lado, que faça cara feia quando eu chegar tarde em casa mas que abra um sorriso quando lhe pedir desculpas. Quero um amor de uma mulher "perfeitinha" como todas as mulheres são, com todos os seus problemas que qualquer uma tem, quero um amor de TPM para que nem tudo seja perfeito, que demore horas em um salão só para arrumar os cabelos, que demore para decidir com que roupa vai sair, que me faça ir a festas insuportáveis como aniversários, batizados e casamentos, mas que me faça ir só para estar ao seu lado, que escolha um dos meus amigos para implicar, achando que ele por ser solteiro e mulherengo seja uma má companhia para mim, mas que seja um amor novo...

Blusa, botões e pele...


Devoro o laço que convém...prazer inflável de um bem, seja um de antes, seja outro como for. Estamos estacionados frente a frente e agora o que iremos dizer, o que lhe cabe nessa hora em que olhou o olho que olhou outro olhar também. Vamos começar com um sorriso em que rima tem cheiro de pessoas, o perfume que ficou na blusa e ao chegar em casa vamos nos lembrar do que nos fez bem. E aquela blusa amarela feito vento, sol e cor, lembra a tarde que pintou feito um quadro, um retrato que ninguém revelou e lá se vão as ondas e ela faz fluir facilmente o dia por qualquer direção. Devoro o laço que convém, desato a blusa que te tem...

sábado, 9 de agosto de 2008

Vestígios...


Hoje foi sim para o não que já sabia, ainda sinto sono depois de noites mal dormidas entre os canteiros dos dias pensantes. Como companhia, um trevo, um dardo e um alvo, refiz a bagagem e nela ainda vestígios das viagens passadas, peças de roupas que não foram guardadas. Hoje irei pra noite e virá a decisão entre o acalento da sua presença e as noites em que irei sair por ai a me dividir por entre pessoas, preciso de alguém com olhares insinuosos e sorriso jocoso, mas que não me fale dos seus problemas, alguém que quando formos embora sejamos apenas vestígios...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Fora do ar...


Mesmo sem saber, vou deixar passar a flores que você desejou, é tudo tão diferente que a gente ainda pode acreditar no que ficou e esse é um espaço que não consigo esquecer. É como ver marés indo e vindo mas não é mais a mesma. Quem um dia gostar de alguém, assim como nós e ver tudo ruir no silêncio das manhãs em que acordamos sem ninguém, acompanhados de outros, porém vamos viver onde o tempo não para, chegamos a sentir raiva de quem antes só nos fez bem. Quero que guardes em ti um bom lugar pra mim assim como guardo um também e quando recomeçar a sorrir que o sol irá aquecer seu coração e tirar o medo que você tem e te apresentar um alguém que te fará bem. Assim como as ondas elas vão e vem e aonde estão seus pés entre as lembranças dos lugares em que esteve e o que vai mudar entre nós já mudou... É estranho carregar fragmentos de alguém como silêncio do que já não se tem...vermelho é a deixa pra você se identificar, é a cor que mais lhe convém. Te desejo tudo de bom, o melhor que a vida tem e quando eu voltar fora do ar, as pessoas vão acreditar novamente no que digo/sinto e não mais irei machucar nem sequer um outro alguém...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Antinomia


Vamos dar um tempo preciso me afastar de mim, seus passos já não são mais tão seguros, me levam a lugares que nem mesmo sei por onde caminhar. Será que não percebeu que chegou tão distante agora pra retroceder, preciso me afastar de mim, como já não preciso desse desespero de bónus que você me causou, tanto que te avisei, você não escutou, não quis parar pra se ouvir. Agora os seus desafetos circulam por entre verso de malfadadas linhas (antinomia) como ácido que corroí meus pensamentos envolto de uma armadura pesada. Ser louco como flutuar no "heaven" e depois descer ao mais fundo "hell" só para buscar você que já se perdeu, sou sua segunda pele e a quanto tempo você me veste. Mas a minha lucidez é meu maior castigo, pelas noites que tenho completa embriagues de lucidez, as vezes é como se estar no meio de uma ponte e não saber qual dos dois lados é o destino ou a origem. Perdoa a minha completa falta de sensatez, mas hoje irei acordar primeiro que você e sair sem te dizer boa dia...preciso me afastar de mim.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Desamor...


Pessoas em lugares comuns, são erros que devemos evitar ao deixar a porta aberta. Tá tudo fora de lugar, mas o dia vem e traz a noite também paralelo ao que não vem. São quatro da manhã acordo e você do meu lado, já não sei porque ainda estamos aqui, nem o que ainda nos prende. Apenas uma linha imaginária no tempo que não nos leva mais a lugar algum, pego minhas coisas e me visto enquanto você ainda dorme. Velo teu sono por alguns segundos antes de deixar para trás a imagem do teu corpo meio descoberto entre os lençóis dessa cama que não nos comporta mais, tentando entender como que tudo isso se consumiu assim, feito papel em chamas restando apenas as cinzas que se desfazem no ar, antes mesmo de tocarem ao chão. O que se perde sem virar carinho e quando se tem pressa para ir embora, deixando de falar o quanto foi ruim...

domingo, 3 de agosto de 2008

O que é Amor...


Me diz como é e de que forma irá chegar, sem pedir licença, adentrar a porta aberta e aquecer o frio da sala de estar. Então me diz como irei te reconhecer e o que terei que fazer para evitar que vá embora mais uma vez, ou seria melhor que fosse, deixar você visitar outros lares e não a mim. Será que o Amor é somente "palavras ditas"?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Agosto...


Definitivamente chega Agosto, que nome estranho soa o timbre desse mês e o que seria de mim se não o fosse assim. Alguns o chamam de o mês do "cachorro louco", outros desgosto, simplesmente o chamo de Agosto, é tão mágico e ao mesmo tempo singular circular por entre ele, minha casa, minha morada, meus anseios, meus desejos, meu caminhar perfeito em flerte com a imperfeição. As vezes te venero, as vezes te ignoro, as vezes me mutuo em formas incondicionais que se espalham por ai entre milhões de pessoas que não possuo. Já não possuo ninguém, nem a mim mesmo me pertenço mais, pertenço à Agosto de tal forma e seriedade que jamais revelei a ti, só você e mais ninguém me conhece conscientemente a inconsciência do que sinto e até aqui me fez chegar. Olhe para mim e diga na minha cara que nada sei, te direi que sei bem mais do que imagina, não ignore a minha força diante a minha pseudo fragilidade. Cuidado! guardo o silêncio de um crime amargo dentro de mim, tão doce quanto cálido. Sim! matei-me por motivos passionais mas reencarnei seguidamente na mesma vida aqui presente, alguns pensam que ainda sou o mesmo, nem eu mesmo já nem sei quem sou. Seriam devaneios ou porque não mesmo chamar de loucura o que sinto agora de fora pra dentro, porque de dentro pra fora tudo se calou. Ah! solitário Agosto preciso de você para me refazer aos poucos devido aos pedaços de mim que perdi por outros meses em que vivi. E você que me viu menino no primeiro suspiro ao chegar aqui naquela tarde de um domingo chuvoso, que por ironia é o dia que tenho menos gosto. Talvez porque me reconheça nele, ao cair da tarde. É estranho mas me sinto seguro dentro de ti, é como estar dentro de casa, e agora tu me faz Homem, mas não pense que por ter me dado tudo foste tão bom pra mim, mesmo assim te respeito porque sei que me respeita apesar de nossa real aproximação. Somos distantes dos demais e as vezes até de nós mesmos. Isso nos faz forte, também nos derrota, mas é a ti que defendo. Que animal estúpido e preguiçoso simboliza a ti, porém, belo e majestoso. Me faz rir! És Reis de que? de uma selva domável que por si só se governa sem precisar de ti? Não quero ser essa caricatura metafórica de um rei tolo quase bobo, prefiro ser o Lobo e viver por entre a noite a espreita do perigo sem um menor resquício de medo. Mas porque Agosto? Porque me deste um coração pra entrar em conflito com tudo isso e me fazer andar por contradição entre a razão e o sentimento?...Seja bem vindo Agosto!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sim ou não...


São palavras opostas ao dizer não, ninguém percebe e nem ver, que está tudo aqui a um segundo do coração. É a hora certa de decidir, dizer sim ou não, cada palavra que mora no peito de quem respira a lembrança do cheiro de outro alguém. E o sabor da voz que não vem, vestígios na pele no toque de leve, como ter a senha para se tocarem, acesso livre para o que ninguém mais tem. É só dizer sim ou não...a um segundo do coração.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Quando os dias são mais flores...


Os dias são mais flores quando o sorriso vem de um outro alguém, passa o tempo e você vem, para o novo dia que ainda vai chegar, amanhecendo com você depois de caminhar por entre ruas sem nomes e sem direção. Eu vejo tua mão segurar a minha pela primeira vez quando tudo se cala e o sinal abre, você sorri, e aqueles olhos que vem na minha direção, dizem palavras de interrogação. Será que vai rolar? deixa acontecer, não se afaste de mim, que não me afasto de você. Deixa rolar então mesmo sem jeito, os olhares irão conversar o mesmo diálogo em braile das nossas mãos. Os dias são mais flores quando te vejo, é o diálogo perfeito, olhos e mãos, o resto é contemplação...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ela...


Chega de mansinho e entra sem pedir licença e vai ficando, as palavras que direi ao olhar teu rosto nu, me fará mergulhar na imensidão desse seu olhar, rouba minha alma pra você, me faz sentir outra vez o que já perdi, me leva para bem longe de mim. Quero recomeçar mergulhando em tua boca vermelha, que me entonteia e me faz viajar, pro silencio do teu corpo, aonde quero estar. Vem quando a noite chegar e use seus artificios para que eu não possa me defender, não vou lutar contra você, vou deixar que me vença, porque se eu perco ganho você...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sossego...


Hoje fui embora daquela casinha sem teto, sem móveis, sem cor, sem flor, que você me deixou antes de partir, onde as paredes de lembranças já não traziam segurança, nem abrigo. Joguei fora as roupas que já não me vestiam bem, roupas que um dia me vestiram, mas que hoje já não me identifico. Nessa cama sem afagos já não durmo mais, resta saber em qual noite essa casa virou ruínas, parecia tão sólida que nada iria abalar... Bastou um simples vento e tudo veio ao chão. Então fiz definitivamente minha bagagem, preciso ganhar tempo, o mesmo que perdi esperando você voltar, sentado na varanda dessa casinha que agora deixo pra trás levando comigo sossego....

terça-feira, 22 de julho de 2008

Dentro de mim II...

Dentro de mim, mora um rei sem reinado e sem coroa, apenas um castelo de areia para governar, no silêncio das noites que passo a te procurar, enquanto você não vem. Construí muros altos para me proteger e acho que afastei você de mim, mas irei mandar derrubar todas as muralhas que impedem de você me enxergar dentro de mim. talvez seja hora de deixar esse rei sem coroa e ser o bobo da corte ao tentar conquistar um novo coração. Não quero invadir as terras de ninguém, quero caminhar livre então e deixar aberto o reinado do meu coração para quem queira governar...

domingo, 20 de julho de 2008

No mesmo lugar...


Para a chuva o caos dos meu receios que me molham, Para o beijo a lembrança do desejo que me devora, para a escuridão não existe medo, se tenho segura a sua mão. Por você fecharia os olhos e andaria por qualquer direção, me jogaria no abismo da indecisão, correria em ziguezague pela contramão, seguiria o teu cheiro feito segue seu dono o cão, Colocaria o primeiro tijolo, da reconstrução. Ventos que sompram meus pensamentos naquela direção, para tocar o seu corpo então como um primeiro beijo, ainda tímido porém cheio de desejos de devoração. Quero correr mil quilometros, até cansar meu coração e ter um infarto perfeito de amor, e só me reanimar com seu beijo, ter seu sorriso bom dia! Abre a janela e deixa passar o dia, trazendo calor e vida. É preciso acordar todo mundo, para ver o sol nascendo trazendo esse novo dia. Abre essa porta e entra, nem precisa pedir licença, suas coisas ainda continuam no mesmo lugar...

sábado, 19 de julho de 2008

Longe de mais das casas vermelhas...


Parece inevitável o segundo que segue para poder saber, que o silencio abriga as palavras que guardo para você, é tortuoso o meio utilizado para te proteger, daquelas calças vermelhas, do sentido que ela tem, das noites imperfeitas companhias de outro alguém. Ela não vai desfilar em nenhuma passarela e por quanto tempo pago para te proteger de suas calças vermelhas, das noites imperfeitas na companhia de outro alguém. Não é essa marca da vida que ela tem, esse sorriso morno, servindo somente de agrado por alguns minutos pagos em uma noite imperfeita naquela casa vermelha. Ela não é dela, nem é de ninguém.

* Triste saber que algumas mulheres vendem seu corpo, que alguns homens pagam por um gozo, vida estúpida por entre vagar em noite imperfeitas, onde os valores se deturpam, onde já não se tem valor, triste saber que pessoas são objetos de apenas desejos momentâneo, onde já não se tem mais nada, nem mesmo já não se sente a dor, triste caminhar por entre as ruas desertas cercado de milhares de pessoas em busca de um nada imediato, alivio de uma noite sem fim, por entre bares, becos e avenidas, onde carros velozes deslizam em suas luzes artificiais. Até onde vai a nossa vida?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Fênix!


Das cinzas que alimentam ao preparo de um novo voo, renascido mais forte, áspero, ágil e de olhares noturnos. Não me queimas, não me queimas mais, são poéticas suas chamas, que consome em fogo as vestes frágeis que já não cabiam entre o despertar. É frio, é forte, é justo, severo, atento! Asas flamaveis que cortam o ar insosso feito navalha em brasa, quem detém, quem detém? Nada! Ávido decola em um mergulho inverso saindo assim do abismo que te aprisionava, carregando em ti, minha alma...Fênix!

domingo, 13 de julho de 2008

Miragem...


Agora vejo quanto tempo levei, para lutar contra esses sentimentos superficiais que circulam por entre nós, desejos imediatos, de soluções práticas e rápidas. Agora sei de que minha luta foi em vão, me moldei pra quem afinal? Esse tempo já não me pertece, já não consigo mais acreditar em certas coisas que as pessoas dizem, principalmente em relação ao que sentem. Hoje decidi deixar de lado qualquer sentimento ou vontade a dois, já não quero mais perder tempo com algo assim, deve existir um propósito maior na vida, algo que tenhamos que fazer, as vezes sinto que seja esse o caminho, deixar de lado sonhos, vontades normais de todos, realizações profissionais e familia, sim familia, mas para isso seria preciso ter novamente a confiança, mas acho que isso se perdeu em mim, já não consigo mais acreditar no que me digam. É como caminhar por um longo caminho arduo e depois de muito tempo quase que já sem esperança avistar no longe um abrigo, dando novos animos para continuar, mas ao chegar e abrir a porta não há nada por dentro desse abrigo, nem sequer há esse abrigo, foi tudo uma miragem...

sábado, 12 de julho de 2008

Pedras...


Hoje fiz minha mala, dentro dela coloquei pedras, planos e necessidades, poucas lembranças. Deixei pra trás o que já não acredito mais, sonhos, sentimentos, a sensação de que carrego agora é a mesma de quando descobri, que as nuvens não eram de algodão, ainda quando criança, acreditamos em tanta coisa, mas tem coisas que não dar mais para acreditar, talvez seja preciso caminhar por um bom tempo sozinho, é como se algo se fechasse aqui dentro, nem raiva nem euforia, nem coragem nem medo, é meio que uma vontade de gritar de fora pra dentro, a estrada agora é uma linha reta, as curvas que se insinuam já não existem mais. A hora de partir é agora, reflexos ofuscam em minha direção mas ainda vejo as faixas do asfalto, é bem melhor rodar a noite, calma e silenciosa, gosto do cair da noite e nascer do dia, imagens de transição. Agora sim é desapego ao que me prende, pessoas, estão em todos os cantos, mas já não causam mais aquela emoção de antes, era interessante observa-las, mas se perdeu a graça, elas já não me empolgam mais. Tão bom agora ouvir o silêncio que faz aqui, agora sim consigo entender mais o abstrato, as vezes é bom caminhar por entre pedras, no momento é a companhia de que preciso, algumas já carrego na mala...

Aprender...

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

W. Shakespeare

A palavra certa...

Atravesso a noite com um verso
Que não se resolve
Na outra mão as flores
Como se flores bastassem
Eu espero
E espero
Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam
E esperam
A chave que abre o céu
D´aonde caem as palavras
A palavra certa
Que faça o mundo andar
(Herbet Vianna)