domingo, 29 de junho de 2008
Outra direção...
Minha vida segue em uma via sem direção, que me leve, já não escolho mais não. Tanto faz se é tarde ou noite, inverno ou verão, que me leve, não importa a direção. Quero sair pela única porta sem olhar pra trás, sem levar saudades, ou deixar amigos, qualquer sentimento que se perca no caminho de outra direção. Não quero ser bom ou ruim, nada que faça gostar de mim, deixe-me passar despercebido, levo minha bagagem pra outra direção e no caminho quero parar para contemplar o nada e que a chuva caia sobre mim, quero sentir suas gotas por mim escorrendo, suave até tocarem o chão e me leve pra outra direção, onde os amores e o passado não irão mais passar por mim, pois já não quero sentir o pulsar invalido desse coração, que seja apenas músculo então a bombear o sangue que há em mim...
Crescer é ruim...
Porque se passam os primeiros anos, já que a vida não é tão divertida assim, ainda lembro quando brincava sem medo de nada a não ser do fantasma debaixo da cama e dos vilões das histórias de infância, mas era tudo tão magico. Porque o tempo passa e as simples coisas perdem a graça e lá vem as multidões, estudos, trabalhos, carros, imóveis e as paixões. Não quero usar o terno de adulto, prefiro as roupas de crianças e o tempo, porque não me leva de volta as lembranças, já que não é mais tão seguro aqui. O que move meu coração, já não sei quem sou e me perdi ao perder o que você transformou. Só preciso andar por um longo tempo só, contemplando somente a paisagem ao redor, talvez precise de algum tempo em silêncio e mesmo quando ta sol faz frio e meu coração já não é mais abrigo para o que restou de mim. Só quero as lembranças de infância porque as de adulto pouco me restou, quando ela foi embora, a esperança de acreditar. Vejo as ruas e já não vejo graça, são milhares de carros que sem razão segue um direção que não me traz ninguém. Essa estrada já não é a mesma, já sem emoções, que me leva a uma viagem em silencio sem contemplar o que esta la fora e da janela vejo vultos das paisagens velozes que já não enchem os meus olhos de contemplação então porque em tão pouco tempo a gente cresce já que crescer é ruim.
sábado, 28 de junho de 2008
Que seja breve...
Já não sinto dor, meu coração morreu pra mim, cai a noite vem, não quero sair nem cuidar de mim. É deixar então que os dias passem e que as noites sejam breve. Já não importa mais por onde vou, meus caminhos são os mesmo. Ser feliz é tudo que se quer, mas que mal porém se faz ao mundo? Ando preso livre em silêncio. Já não tenho em mim uma direção, que os dias sejam breves e lá se foram os sonhos, lá se foram os medos, já não é uma casa, já não é uma estrada. Tanto faz se é dia ou já noite. E se me queres bem, sejam breves os ponteiros que marcam o tempo em vão, já não sei que horas são, nem datas ou dia...tudo é solidão, dentro de mim então.
sábado, 14 de junho de 2008
Não precisa explicação...
Não precisa palavras para explicar então, não precisa explicação...Qual a cor dos segredos que habitam em um coração, são segredos então, que escorrem pelas mãos e não há explicação para o que não se explica então. Por magoar o mundo por entre tantas vezes só, sopra o pó das ruinas dessa construção que mal começou, então não precisa explicação para o que não se explica não. Ela vai embora, a explicação. Não há sentido nos medos que não se explicam. Não...não precisa explicação.
Segunda pele...
Vai mudar o vento que transporta o frio, não importa a chuva, tenho a segunda pele, já não sinto nada. Nem vontade de rir, nem de chorar. As malas estão sobre a mesa, pouco para arrumar, o que ainda resta. Vai tempo frio tocar o rosto de quem já não sente calor. Tenho a segunda pele, não pode me molhar com suas lágrimas de nuvens. Vem ver o sol, já não faz parte dessa paisagem, pisa nas poças e molha os pés. E qual calor seria capaz de aquecer a segunda pele que me aquece do frio que vem daquela direção...
Um segundo...
Nada se transforma mais, quando o tempo já não importa, do que ainda estará por vir. Tempo para poder mudar o silêncio que se instalou aqui, perdidos entre os mesmos fins. Afinal o que há de novo, sendo sempre iguais, os dias parecem não ter fim. Um minuto para poder tentar, um segundo para se arrepender, de coisas que foram ditas e mudar por fim as horas que virão a completar o tempo, em um lugar qualquer. Já não sei quem sou, de tanto já me procurar entre os erros e acertos. Agora o tempo já não cabe em minhas mãos, livre para poder voar e ultrapassar o tempo, seguir sua direção onde os relógios irão marcar horas atemporais e selar o tempo em vão, a me procurar entre rostos nessa multidão. Um dia pra viver em paz, os minutos a completar as horas que não acompanham o tempo, que acabou a um segundo atrás...1,10,15,45...60...
Esquinas...
Por onde me leva essa rua em passos lentos a lembrar dos caminhos que me fizeram chegar aqui, são dezenas de casas com suas portas a se fecharem, o que resta, suas fachadas de cores cinzas, endereços deixados pra trás. É caminhar em frente por onde pessoas vão e vem, no final da rua suas esquinas, contorno oposto que muda uma direção, não é mais essa rua que abriga casa minha. Joguem fora as correspondências que aqui chegarem, não! esse endereço não mais é a minha morada, volto então a perambular por entre ruas. Por quantas casas ainda irei passar? por quantos endereços temporários ainda irei ficar? Joguem fora minhas correspondências, já não tenho endereço certo, já não sei em que rua minha casa ficará. Por quantas vezes ainda irei mudar, esse número já foi minha morada mas não enviem mais cartas para lá, elas não mais me serão entregues. Jogue pra cima minhas correspondências, talvez o vento carregue e alguma chegue até mim, antes que a rua termine e eu alcance a esquina...
domingo, 8 de junho de 2008
Farpado...
Hoje não quero falar de nada, só quero ouvir o silêncio do meu equilíbrio bambo, farpar a segurança que já não tenho, para levar-me a um caminho lá no mais distante onde deixarei cair, as palavras mal ditas. Para sempre ser assim, e não mais cercar com muro de pedras a flor comum de um jardim que já não passa ninguém. E não construirás cercas para murar os sentimentos cercados por um muro imaginário, pois eles irão passar mesmo tendo que caminhar por entre farpados, sem preocupar em machucar-se. Em solado frágil do que antes era, não terá medo de dá o primeiro passo e assim tentar chegar ao outro lado mesmo tendo que caminhar por entre caminhos farpados...meus sentimentos não me machucarão.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Beijo, cores, números e um lugar...
Beijo, cores, números e um lugar para estar longe da multidão, quando amanhecer. Solidão lá fora, tem gente chegando e outras indo embora. Quem vai habitar o lugar desconhecido na noite que me reporta a inocente infância que já perdi nos primeiros raios do amanhecer do dia adulto, que me trouxe o sol, assim como esperanças de um dia melhor. Caminhar por entre pessoas que já não sei o nome, porém pedaços de mim, porque compõem o meu dia e me fazem parecer comum como uma xícara de café ao cair da tarde sempre no mesmo lugar que não me leva a lugar algum, a não ser pra dentro de mim mesmo, desconhecido comum. Já não me conheço bem, apesar de tantos anos tentando entender, qual o sentido das horas que passam e tudo se repete numa diferença igual. Irei fazer as malas e para onde me levar serei bagagem de mim por entre os terminais intermináveis na primeira estação que encontrar. Números que me levam a compreender a quantidade do que me parece ser e enumerar o que não sei dizer, cores para atenuar a diferença de cada lugar por onde passar, para lembrar do primeiro beijo, contato entre dois, que marca um só lugar...
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