segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Qualquer outro lugar...


O vão que me prende entre o correr pro sol, não tem luz por dentro, nem poeira, nem vestígios de quem já esteve aqui. É tão comum acordar e ser o mesmo que ficou na noite que sonhou ser diferente, entre os caminhos que interessam, aonde pode se levar. O vão que me prende entre o correr pro mar é o mesmo que me leva a molhar os pés com o toque das ondas e faz pensar em tudo que chegou e se foi como as ondas perfeitas, são constantes mas não são as mesmas, mas elas tocam os meus pés, como duas mãos no rosto. É tão difícil virar as costas pro mar e ir embora, trocar a areia pelo asfalto e de descalço ter que calçar novamente os pés. O vão que prende entre eu e você que não tem nome, ainda meio surreal. Existe um alguém que está pensando o mesmo de um outro lado qualquer e o que a vida arquiteta e alimenta entre o imaginável do que se pode e não se pode ser... o que nos prende a alguém? Quero ultrapassar o vão que me prende ao principio da razão. Não há o que me prenda, quero novas mentiras... qualquer outro lugar.

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