Defino traços que não vejo para toques que não sinto, construo pontes que separam os dois lados opostos de lembranças não vividas que me levam a mergulhos internos de outro alguém. São festivos e confusos os caminhos por onde passam os sentimentos, há desejos em cada parte, mas as esquinas insistem em fazer mudar a direção. Não há espaço a dois dentro de um só, são espaços diferentes querendo ocupar o mesmo lugar, são dois corpos, dois sentimentos, duas lembranças, dois pensamentos, vestígios, retalhos, fragmentos. Há um outro lado onde construímos uma ponte na busca de se alcançar esse outro lado e quando atravessamos, deixamos pra trás um outro lado, são misturas de lados que caminham paralelos, mas impossível ser um só. São caminhos diferentes que às vezes levam a um mesmo lugar, mas nunca serão um só caminho por mais que se completem... dentro de cada um existem lugares e caminhos onde ninguém vai, são lembranças fragmentadas de um passado, presente e futuro...são fragmentos a dois.
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